Wednesday, December 06, 2006

Eu sei la

Torna-se dificil...é o que dizem.

A saudade é que torna...o fado e toda esta triste caracteristica do povo português...que nos deixa sempre num nevoeiro meio nostalgico meio alegre.

O cerne está que, associado a esta caracteristica advém outras tantas que começam a complicar...como por exmplo o termo comparação!!! É uma chatice...nem tudo tende a melhorar face à experiencia similar passada..e ai entra a " tristeza" a "frustração" que ao fim de um tempo transformam-se num estado de espírito grave - a dita Depressão

E, entrando por ai é um novelo de lã: ai se fosse como eu ja vi, como eu ja vivi, como ja experimente, ect.

As saudades! É muito bonito dizer-se que somos a unica língua que contém este estado de espirito!

O grave é, de facto, a comparação: que vem demonstrar o que poderiamos ter feito, ter dito, o quanto poderiamos ter arriscado e mandado tudo para o alto!!!!!

Na verdade é que a minha vida entrou num ciclo vicioso que ate enjoa! uma seca, uma maré vaza!!! Uma chatice...e apetecia-me rebentar..."enlouquecer"...eu sei la bem.

tendo consciencia deste borbulhar e sabendo que sou incapaz de acalmar e muito menos de responder é mais dificl...dahhh que seca que chatice, que confusao, que lamechas, que cena podre!

Outro dia disseram qualquer coisa como: "suja-te"....e entre outras coisas, consequencia: introspecação, consequência: tristeza, vazio, frio, escuro!


*

Saturday, December 02, 2006

That's What Friends Are For

And I
Never thought I'd feel this way
And as far as I'm concerned I'm glad I got the chance to say
That I do believe I love you

And if I should ever go away
Well then close your eyes and try to feel the way we do today
And than if you can't remember.....


Chorus
Keep smilin'
Keep shinin'

Knowin' you can always count on me
for sure
that's what friends are for

In good times
And bad times
I'll be on your side forever more
That's what friends are for


Well you came and open me
And now there's so much more I see
And so by the way I thank you....


Ohhh and then
For the times when we're apart
Well just close your eyes and know
These words are comming from my heart
And then if you can't remember....Ohhhhh

Thursday, October 19, 2006

"You'll Never Find Another Love"

You'll never find, as long as you live
Someone who loves you tender like I do
You'll never find, no matter where you search
Someone who cares about you the way I do

Whoa, I'm not braggin' on myself, baby
But I'm the one who loves you
And there's no one else! No one else!

You'll never find, it'll take the end of all time
Someone to understand you like I do
You'll never find the rhythm, the rhyme
All the magic we shared, just us two

Whoa, I'm not tryin' to make you stay, baby
But I know some how, some day, some way
You are (you're gonna miss my lovin')
You're gonna miss my lovin' (you're gonna miss my lovin')
You're gonna miss my lovin' (you're gonna miss my lovin')
You're gonna miss, you're gonna miss my lo-o-ove

Late in the midnight hour, baby (you're gonna miss my lovin')
When it's cold outside (you're gonna miss my lovin')
You're gonna miss, you're gonna miss my lo-o-ove

You'll never find another love like mine
Someone who needs you like I do
You'll never see what you've found in me
You'll keep searching and searching your whole life through

Whoa, I don't wish you no bad luck, baby
But there's no ifs and buts or maybes

(You're gonna) You're gonna miss (miss my lovin')
You're gonna miss my lovin' (you're gonna miss my lovin')
I know you're gonna my lovin' (you're gonna miss my lovin')
You're gonna miss, you're gonna miss my lo-o-ove

Whoa, oh, oh, oh, oh (you're gonna miss my lovin')
Late in the midnight hour, baby (you're gonna miss my lovin')
When it gets real cold outside (you're gonna miss my lovin')
I know, I know that you are gonna miss my lo-o-ove

Let me tell you that you're gonna miss my lovin'
Yes you will, baby (you're gonna miss my lovin')
When I'm long gone

I know, I know, I know that you are gonna miss

"Home"

Another summer day
Has come and gone away
In Paris and Rome
But I wanna go home
Mmmmmmmm

Maybe surrounded by
A million people I
Still feel all alone
I just wanna go home
Babe I miss you, you know

And I’ve been keeping all the letters that I wrote to you
Each one a line or two
“I’m fine baby, how are you?”
Well I would send them but I know that it’s just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that

Another aeroplane
Another sunny place
I’m lucky I know
But I wanna go home
Mmmm, I’ve got to go home

Let me go home
'Cause I’m just too far from where you are
I wanna come home

And I feel just like I’m living someone else’s life
It’s like I just stepped outside
When everything was going right
And I know just why you could not
Come along with me
That this is not your dream
But you always believed in me

Another winter day has come
And gone away
In even Paris and Rome
And I wanna go home
Let me go home

And I’m surrounded by
A million people I
Still feel all alone
Oh, let me go home
Oh, I miss you, you know

Let me go home
I’ve had my run
Baby, I’m done
I gotta go home
Let me go home
It will all be all right
I’ll be home tonight
I’m coming back home

Friday, October 06, 2006

Expectativas quem as inventou e para quê? Para que os psicologos tenham que fazer? para que freud e os outros todos tenham teorias...que o sexo infantil a libido e o raio que os parta.
Facilmente se sobe e facilmente se desce...e quando descemos é como o pano que desce no final de uma actuação...com tanta força que ficamos atordoados. Parvos sem perceber se ja acabou ou não. Sem hipotese de agir...
O ponto final é dado. E agora? Agora continuamos? Para onde? Porque? Para que? para uma casa, filhos, e um marido sentado no sofa a beber cerveja e a controlar o comando da tv? Que vida estúpida.
Entra as 9 sai as 6...daqui a nada andamos todos de sapatinhos chico...que a casa te acompanhará....rrrrrrrrr

Sunday, September 17, 2006






Berlim 2006

Um Mundo diferente, uma cidade estonteante, uma vida, uma mentalidade.

Com estes pequenos exemplos vemos que Portugal e a população portuguesa de facto é muito mediocre e muito fechada. Se pensarmos na historia de Berlim, e basta pensar na II Gerra Mundial e no Muro de Berlim, vemos como as coisas são possiveis e que de nada vale choramingar e ser pedinte.

Por tudo que este Povo passou é de Levantar e Admirar o que eles conseguiram.

Não escondem o que passaram, não se arrastam pelas ruas " ai coitadinhos que nós somos e o quanto sofremos". Simplesmente lutaram pelo que sempre quiseram e ergueram de novo Berlim. Esta cidade que surge de uma mescla de turbulencias e de entreajuda e ainda de influencias de todo o mundo onde passeamos livremente, sem preconceitos, sem medos e de cabeça erguida.

A descrepancia entre as diversas partes desta cidade são perceptiveis a cada passo dado, a cultura que se respira, o underground que se adivinha por entre individuos e paredes grafitadas, as experiencias únicas que esta cidade nos dá... Fechar os olhos e adivinhar o sabor, os resquícios e as marcas da guerra, os interminaveis memorias às vitimas da guerra, da perseguição, da tortura, da morte.

Berlim, a cidade pantano...

Kit Codigo da Estrada

Dou por mim a pensar nas relações interpessoais e chego à conclusão que seria interessante se as pessoas tivessem um kit " código da estrada". Porque falar falamos todos, ou melhor comunicamos. O problema está na compreensão, na recepção da mensagem.

Quantas vezes dou por mim a tentar ser ouvida e não o sinto. A vontade é pegar num STOP e mostrar ao receptor. Outras são as vezes em que o sinal de obrigatoriedade de sentido deveria ser erguido. Quando vês que um amigo/a continua a ir pelo mesmo caminho que não lhe traz alegrias deveriamos erguer este sinal.

Outras em que te abordam e a vontade é proibir quer a paragem quer o estacionamento. Seria bem melhor e evitavam-se conflitos. Talvez...vou acreditar que sim!

Aliás se tivessemos uma luzinha poderíamos demonstrar o nosso estado de espírito. Se estiver vermelho não falamos com a pessoa com luz vermelha evitando discussões, ou aproveitavamos a luz verde para dizer o que quisessemos a essa pessoa mesmo que não seja agradável, estando verde estará com uma outra disposição e provavelmente entenderia o que quereríamos dizer sem amuar ou levar a peito.

Este Kit seria um objecto imprescindivel sempre que saíssemos!

*

Monday, June 12, 2006

The Constant Gardener

Filme fantastico que dá que pensar...

De facto há coisas que nos fazem sentri minusculos, futeis, superficiais...egoístas...tanto que poderiamos fazer e que não fazemos porque estamos mais preocupados com o nosso umbigo....

Wednesday, June 07, 2006

Um dia vou ser feliz...um dia vou gostar de ervilhas, marisco, cenoura cozida, peixe, bacalhau, carne estufada, pés, determinadas texturas, roupa fashion, mesas assim assim, atendimentos assim assim, balneareos públicos, marcas nos copos, carros meios sujos meios limpos, de ...e por aí a fora.

Monday, May 29, 2006

Estou a ficar saturada deste balançar...sem saber onde vou parar...
Quero ganhar coragem e arriscar tudo...sair daqui ir além fronteiras e encontrar um sitio onde me reconheçam...me dem valor pelo que sou...estou triste!

Por mais que lute não consigo sair deste buraquinho onde me refugiei...quero voltar a ter força para cometer loucuras e para voltar a amar incondicionalmente! tá dificil...muito dificil...
Um copo, dois copos
Uma frase, um sorriso, um toque, uma estupidez!

Uma vontade esquecer...vontade de apagar a vergonha...vontades que emergem...que me superam...que me revelam...que me fragilizam...que me ridicularizam...que me destronam!

Vou fugir!

*
Olhei-o nos olhos e gentilmente pedi para que se viesse sentar perto de mim...

*

Friday, May 26, 2006

the blower's daughter

and so it is
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new

Damien Rice

Monday, May 22, 2006

Temos Mulher: Temos Equipa

"Temos mulheres. Temos selecção. Temos bandeira. Temos encontrões. Temos sede. Temos calor. Temos desorganização. Temos brindes. Temos estaladas. Temos puxões de cabelo. Temos apalpadelas. Temos o Nuno Graciano. Temos o Figo. Temos mais encontrões. Temos sol. Temos escaldões. Temos sede. Temos fúria. Temos raiva. Temos força para levar tudo á frente.

Amigos, eu e mais seis belas gajas, estamos na parte vermelha da bandeira portuguesa que ontem foi feita pelas gajas boas deste país. Nós e mais 18 mil mulheres (mais dez mil devem ter ficado nas bancadas), demos o corpo (é que foi mesmo assim) para que se pudesse construir uma bandeira linda, cheia de mamas, de madeixas loiras e de celulite.

Esteve lá o Scolari, o Figo, o Cristiano e muitos outros. Mas o estádio só ameaçou cair quando a Floribella entrou em campo. Um, dois, três pppppaaarrraaaa cima. Um, dois, três ppppaaaarrrraaaa baixo....cantava o gajedo.

E dei por mim a tirar uma foto á rapariga para trazer para as minhas filhas. O que uma mãe faz.
Mas vamos á bandeira.
Saímos de casa ás 5 e meia da manhã. Ás oito e meia estavamos no Jamor. Nós e para aí mais mil mulheres.Rapidamente descubro que são quase todas do norte. Não há como o mulherio do norte para estas coisas.

Sem casas de banho abertas, sem cafés, o tempo foi de dormir mesmo ali á porta do estádio nacional. As portas só se abriram já muito perto do meio dia e, enquanto isso, tivemos que gramar com um pastor que tinha por função ir dizendo umas asneirolas ao microfone. Coisas do género: "Vocês são giras". "Tão aqui mulheres de todo o lado até da Régua que fica ali ao lado de Pombal". And so one.

Bancadas cheias. O sol no seu melhor. Começam os concertos e começam a entrar tipas para o relvado. "Escuteiras e ginastas", diz o pastor. Devidamente treinadas "para fazer a roda". Avante.

Três da tarde e o povo à seca. Bem, vim eu de tão longe para ficar na bancada a esturricar? Ai o caraças...
Entretanto continuam a entrar no estádio mulheres e alguns homens que não devem ter percebido que estavam a mais.
Quatro horas e a besta do azeiteiro continua a dizer ao microfone para ninguém sair das bancadas porque no relvado só estavam escuteiras. Bem, nem os responsáveis pelo Corpo Nacional de Escutas devem saber que têm tantas filiadas...

Foi o meu limite. Disse as belas mulheres que me acompanhavam que ou era naquela altura ou nunca. Descemos da bancada. Desatamos aos encontrões. Fura daqui, fura dali. Empurra de um lado, empurra do outro. Ameaças aos seguranças. Palavrões atrás de palavrões (juro que ouvi uma mulher chamar "corna" a outra....) mas lá conseguimos entrar no relvado com uma capita vermelha.

Duas horas depois a bandeira estava feita. E entremos para o livro dos recordes. Com direito a diploma e tudo. Foi bonito, pá.

Sei lá, foi cantar, dançar, bater palmas. Azeitamos ao máximo. Levamos farnel, com bolinhos de bacalhau, rissóis, presunto, broa de milho, pataniscas e vinho branco e tinto. Só faltou o arroz de tomate.

Fizemos um piquenique no relvado que vai fazer história. E, enquanto que as outras, comiam sandes, bolachinhas e se babam pelas nossas iguarias, nós enchiamos o bandulho como deve ser.

Foi lindo. No final da bandeira (com a Dulce Pontes a desafinar o hino nacional como nunca se viu), nova confusão. Mas como quem vai á guerra dá e leva, vai ser o massagista a dizer-me o que tenho no pulso esquerdo.

Contudo, alguém, em algum local deste país, também se deve estar a queixar do corpo porque o meu bolso não andou propriamente a dar socos no ar...

Mas fizemos a bandeira. Biba a selecção. Biba o Figo. Biba a Floribella. Biba as mulheres..."

in http://aminhafamiliaeosoutrosanimais.blog.com

Tuesday, April 04, 2006

O medo!

Move-se cada vez que te aproximas, cada vez que me falas ao ouvido , cada vez que me olhas com o teu ar timido.
Apodera-se de mim e transforma-me novamente na criança indefesa que só´pensa em brincar lá fora.

A minha incerteza, o desamor que sinto por mim e que luto para que desapareça e se transforme de novo em amor prórpio luta para que me vejas, para que me olhes, para que me toques.

O medo afasta-te de mim e altera o meu "eu". O meu sorriso aparece como que para disfarçar a frieza...o nervosismo...aquele "mau" estar quando sei que te vou ver...quando sei que te vou ter por perto...

Refugio-me para te poder observar e acreditar que domino a situação..mas não...tudo o que fiz destronou-me...desmascarou-me...ainda assim não me vês... não queres ver!

O calor que sinto quando passas bem junto a mim...a vontade que tenho de poder anular o contexto e ter-te só para mim... as loucuras que gostaria de cometer e que não sou capaz.

O floriado que recrio na minha mente não encaixa com a percepção do todo...e mais uma vez vivo a minha fantasia..mas desta vez estou muito mais triste...sinto que de novo deixo passar...

De novo não vivi..de novo o medo mantém-me enclausurada...

...medo de amar...

Monday, April 03, 2006

ELOGIO AO AMOR

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.

Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima
merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado.

Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá, tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banalidades, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a
nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito
difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das
mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não.Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

Miguel Esteves Cardoso in "Expresso"

Tuesday, March 14, 2006

"... E se o amor
Bate as asas e voa sobre nós
Eu vou ser feliz
Hoje amanhã e depois

E se o amor
Bate as asas e voa sobre nós
Eu vou ser feliz
Aqui tão perto de ti"

Múcio Sá
"...o tempo é um carro novo sem marcha-atrás"

Miguel A. Majer

Quase Perfeito

"Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero

Quase que não chegava
A tempo de me deliciar
Quase que não chegava
A horas de te abraçar
Quase que não recebia
A prenda prometida
Quase que não devia
Existir tal companhia


Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confeso não sai da cabeça

Se um beijo é quase perfeito
PErdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der
O tempo a que temos direito

Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime quase perfeito"

Miguel A. Majer

Tuesday, February 07, 2006

...passei a mao no teu cabelo bem junto a nuca.
Com o indicador passo pela tua coluna como um cubo de gelo que vai descendo e desenhando as tuas formas.

Continuo a descer e o gelo continua na ponta do dedo...arrepiaste.. continuo a desenhar e a sentir as tuas emoções...passo agora para tua bacia subo, contorno o teu umbigo e subo. junto aos teus seios o gelo quase derreteu todo, continuo a subir o teu pescoço, o teu maxilar e num instante agarras-me com força, mas gentilmente, sussuro ao teu ouvido e o calor começa a sentir-se e a espalhar-se...

****

Monday, January 30, 2006

"Don't try to work so hard
Don't cry cause you're so right
Don't dry with fakes or fears
Cause you will only hate yourself in the end!"

alguem me disse e eu pergunto pq o disseste?

Gostava de poder acreditar...

*

Saturday, January 14, 2006

"Nao precisa ser Homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coraýýo.
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, de madrugada, de passaro, de sol, da lua, do canto dos ventos e das cancoes da brisa.
Deve ter amor, um grande amor por alguým, ou entýo sentir falta de nao ter esse amor.
Deve amar o proximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Nao e preciso que seja de primeira mao, nem e imprescindivel que seja de segunda mao.
Pode ja ter sido enganado, pois todos os amigos sao enganados.
Nao e preciso que seja puro, nem que seja de todo impuro, mas nao deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perde-lo e, no caso de assim nao ser, deve sentir o grande vacuo que isso deixa.
Tem que ter ressonýncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitarios.
Deve gostar de criancas e lastimar as que nao puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.
Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grande chuvas e das recordacoes de infancia.
Precisa-se de um amigo para nýo se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizacoes, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de pocas de agua e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, nao porque a vida ý bela, mas porque jý se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para nao se viver debrucado no passado em busca de memýrias perdidas.
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciencia de que ainda se vive. "

Vinicius de Moraes

Tuesday, January 10, 2006

Para bem longe

O maior erro que faço é transportar-me para bem longe com um simples sorriso...com um olhar desviado...é através destes pequenos e inocentes gestos que acordo, que me tocam, que me deixam neste estado nostálgico e angustiante! Sim, porque nunca sei onde a fantasia começa e a realidade acaba...procuro resposta com os outros mas esses são incapazes de me trazer de volta...têm medo de me magoar e de me tirar este pequeno alento, que embora o descreva como nostálgico e angustiante, é uma pequena luz que se acendeu...de novo! O medo de voltar a cair é de tal forma que me faz afastar...que me transforma num ser calado e introvertido...completamente o meu oposto...quando deveria ser o contrário...não sei...estou perdida...desmotivada...triste! Sou uma parva...
"prometo ouvir-te como se a tua voz fosse a minha"

algures num pacote de açúcar


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Friday, January 06, 2006

Há momentos em que a gente se cansa e desacredita...