Monday, May 16, 2005

Acabou de desabar o meu sonho! Perdi por inércia!...

*
Malditas!
Estúpidas!
Parvas!
Larguem me!
Ai por favor larguem me! Não posso continuar a caminhar presa a vós!

Por favor dái me liberdade!
Deixem me respirar sossegada!
parem de me arrebatar
de me levarem por onde eu não quero
por onde eu não devo!


Não devo porque não estou preparada!
Livrem me desta coisa
deste amontoado e atrofiado canto!


Deixem me em paz de vez!
Uma pedra, só uma pedra!


*

Escondo

O som das ondas transformam aquela lembrança num quadro tão belo mas ao mesmo tempo tão triste. É o limite que o quadro tem que não deixa emergir tudo oque eu gostava. Tenho muito medo!

Só...é como eu estou...é como eu me sinto! Porquê? simples. Por saber que errei! Por saber que me deixo influenciar! Por saber simplesmente! Por me aperceber daquilo que não quero sequer creditar que é verdade!

O mar continua a enrolar na areia e eu continuo a enrolar me no meu mundo que cada vez mais me traz tristeza, por saber que no fundo do mar a areia anda em rebuliço e por saber ainda que no fundo do mar há vida!

Preciso de reacender o meu fundo, de sorrir com vontade sincera de me ver novamente!

Preciso transformar o quadro numa peça, num conto, numa viagem!

Os peixes...as algas...as rochas...os corais...todo esse maravilhoso mundo...o que ele esconde...o que eu escondo!


*

Nem sei bem

São levadas para bem longe de mim, no entanto continuo neste jogo sabendo que perdi tudo o que de mim me fez ser quem algum dia fui.

Sou sistematicamente levada para baixo, para cima, arrastada pelo murmúrio das gentes, pelos cheiros por tudo o que parecia ser um lar, mas na realidade são esses pilares que são usados para continuarem a abusar de mim desta forma inconsciente e que me desfaz pouco a pouco!

São as lembranças e os sonhos me me mantêm presa e viva, viva porque sou fraca demais para desistir e admitir que perdi!

São estas paixões ilusórias, fruto da minha imaginação que dão cabo de mim, que me retiram a força e o chão que piso.

Como sou simplesmente fraca! E saber que desisto por valores que hoje já não fazem qualquer sentido!

Sou arrebatada por toda essa malícia por todo esse mundo de escárnio, de .... que nojo!