Friday, February 11, 2005

Nem sei

A vontade é fechar os olhos e deixar que intuitivamente os meus dedos carreguem nas letras que formam estas simples palavras e que me permitem desabafar, refugiar de toda esta loucura que é a rua, que é o mundo

Mas sou tão fraca que remeto para os mesmos assuntos, massacro demasiado, nem sei bem porquê, talvez a minha presunção me leve a ser assim, a reagir aos inputs externos desta forma.

Não entendo como me transformo desta forma, como me abro sem complexo algum, como é que eu sou capaz de o fazer e de o continuar a fazer sistematicamente sabendo que se o tivesse de fazer cara a cara seria claramente uma utopia.

O mais engraçado de toda esta mescla de sensações se fundem e se dissolvem com a luz, com o sol, com tudo aquilo que fica para lá da porta do escritorio, que fica para lá deste pequeno espaço que ocupo neste computador, neste ecrã.

Ninguém dira que eu sou quem me mostro aqui, até eu mesma me espanto com a ingenuidade, com a arrogancia, com todos estes sentimentos claramente fruto de muita imaginação, baseados em pequenos gestos de um outro que consequentemente se tranforma na minha "fonte de inspiração" (mais um cliche que só vem comprovar o que até aqui falei)

Não consigo contrariar e também não espero faze-lo porque de outra forma não seria capaz de extrapular toda esta energia que jaz dentro de mim, que me fervilha, que me detém, e eu necessito de libertar muito, o sufoco é uma constante por isso aqueles que não agrada é muito simple não continuem a ler, ninguém vos obriga, aos que gostam muito obrigada, a quem me conhece um beijo, aos demais fiquem bem

*

1 comment:

João Loff said...

Miúda... tantas vezes me senti como tu, e tantas vezes questionei a minha própria vivência... tantas vezes me mandaram as mesmas palavras de apoio que eu nem as quero repetir, porque não servem, por mais simpáticas que sejam... mas uma coisa te digo: sentirmo-nos assim, por mais sofrimento que nos traga, é também ser vivo, ser humano, e saber que o coração bate ainda... e quão especiais somos por conseguirmos ainda amar num mundo que nos tenta tirar toda a humanidade.